quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Dois Tempos vs Quatro Tempos – Qual é o melhor para sua moto?










A diferença entre os motores de dois e quarto tempos vem atormentando os pilotos há muito tempo devido ao grande número de contradições que insistem em surgir.
Cada um tem suas particularidades, vantagens e desvantagens e a melhor maneira de optar entre um deles é saber como funcionam.

Primeiro, é preciso ter em mente que, para que um motor funcione, é necessário que aconteçam quatro coisas dentro do cilindro: Admissão, compressão, combustão e exaustão.

No motor de quatro tempos, durante a admissão, o pistão desce do topo para o fundo do cilindro, reduzindo a pressão dentro deste. Quando isso acontece, uma mistura de ar e combustível entra no cilindro por uma válvula de admissão, pronta para ser comprimida.

Com as válvulas de admissão e escape fechadas, o pistão sobe comprimindo a mistura. Isso é o que acontece durante o ciclo da compressão

Com a mistura comprimida, a vela emite uma faísca, fazendo a mistura explodir. Com a explosão, o pistão é empurrado velozmente para baixo.

Finalmente, no ciclo de exaustão, o pistão sobe e empurra o gás queimado para fora do cilindro pela válvula de escape. Importante mencionar, a vela emite apenas uma faísca a cada duas evoluções do pistão (movimento de subir e descer).

Motor quatro tempos












Já, nos motores dois tempos, admissão e compressão estão combinadas em um único ciclo enquanto a combustão e exaustão estão combinadas em outro, eliminando a necessidade de válvulas.
Neste caso, as válvulas são substituídas por janelas que são abertas e fechadas pelo próprio pistão durante seu curso.

Conforme o pistão desce depois da explosão, abre-se a janela de escape, permitindo que o gás queimado saia do cilindro.
A mistura ar-comobustível é jogada para dentro do cilindro pela janela de admissão. Conforme o pistão sobe novamente, bloqueia as duas janelas, comprimindo a mistura. Aí, então, a vela emite a faísca e o processo começa novamente. Neste caso, é uma faísca a cada evolução.
Motor dois tempos














Prós e contras

Um motor dois tempos pode produzir o dobro de potência (e o dobro de barulho também) do que um quatro tempos do mesmo tamanho. Isso acontece exatamente porque há uma explosão a cada evolução do pistão, enquanto no motor quatro tempos isso acontece a cada duas evoluções. Também possuem uma relação peso/potencia significativamente melhor, por serem bem mais leves.

Motores dois tempos são mais baratos e mais fáceis de serem produzidos, no entanto, motores quatro tempos têm vida útil maior, pois contam com um sistema de lubrificação separado. Nos motores dois tempos, o óleo lubrificante deve ser misturado ao combustível no momento do abastecimento ou automaticamente antes da admissão por um sistema chamado “auto-lub”.

A conseqüência dessa mistura de óleo no combustível é um motor mais poluente e mais “gastão”. Ponto para os quatro tempos!

Motores dois tempos também produzem muito mais barulho, podendo ultrapassar os limites em algumas regiões (próximas a hospitais, por exemplo).

Na prática

As motos equipadas com motores dois tempos são muito mais “bravas”. Possuem mais aceleração e entregam toda a potência em uma faixa de rotação bem mais baixa.
Também tendem a ser mais leves, já que uma moto com motor quatro tempos tem, geralmente, o dobro de cilindros para entregar praticamente a mesma potência.

As motos com motores quatro tempos são mais dóceis, entregam a potência em uma faixa de rotação mais alta. Consequentemente têm mais velocidade final, consomem menos, quebram menos e fazem menos barulho.

O fim dos dois tempos

Devido à alta poluição sonora e ambiental e ao consumo de combustível elevado, os motores dois tempos estão com seus dias contados. Categorias de competição como a MotoGP já aboliram esses motores de suas motos. Alguns países já não os fabricam mais e o mesmo tende a acontecer no Brasil.
Portanto, se você é amante dos dois tempos, aproveite enquanto pode.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Dominando a baliza













Temos certeza de que a maioria dos motoristas habilitados sabe como fazer uma baliza corretamente. Porém, não podemos deixar de nos preocupar com os milhões de vídeos que aparecem na internet mostrando motoristas não muito experientes pagando seus pecados tentando estacionar um carro.

Sabemos também que a habilidade em estacionar vem ao longo do tempo(em alguns casos demora mais). Ao ingressar na auto-escola, não temos a menor noção de como fazer uma baliza, porém, com a prática, se torna um ato natural.
Esse guia é destinado para as pessoas que ainda não chegaram lá...

Achando uma vaga

O pré-requisito para uma baliza perfeita é achar uma vaga. Obviamente a coisa não é tão simples!

Para estacionar da maneira mais fácil possível, você deve primeiro encontrar uma vaga em que seu carro caiba. Pode parecer ridículo, mas alguns motoristas insistem em estacionar seus carros em vagas apertadas e da maneira mais incomum possível.

Portanto, encontre uma vaga de estacionamento maior que seu carro(óbvio).
Infelizmente, nem sempre é possível achar essa vaga e, às vezes, é mais demorado procura-la do que o próprio percurso de casa até o trabalho, por exemplo.
Porém, temos um conselho: Os seres humanos estavam destinados a caminhar, então não é nenhuma tragédia se não for possível encontrar uma vaga a dois metros de distância de seu trabalho. Deixe seu carro em um lugar seguro, mesmo que o local seguro seja um pouco longe.

Manobrando

1- Uma vez que voce a achou a vaga ideal, é hora de fazer a baliza. Vá para frente e pare paralelo ao carro que você irá estacionar atrás, deixando uma distância de aproximadamente 1 metro entre os dois veículos. Não se esqueça de ligar a seta!
2- Depois de alinhado, engate a ré e comece a manobrar. Mantenha o volante em linha reta até a extremidade traseira do outro carro aparecer no canto da janela traseira direita. Quando aparecer, vire tudo para direita!


Canto da janela traseira direita












3- Continue até a extremidade traseira do outro carro se alinhar com seu espelho retrovisor direito. Ainda em movimento, vire totalmente o volante para a esquerda. Preste atenção se a frente do seu carro não vai bater na traseira do outro.

4- Assim que você perceber que a frente do seu carro passou pela traseira do carro logo à frente, vá centralizando lentamente o volante.

Se o veículo não estiver corretamente alinhado com o meio-fio, faça pequenas correções indo para frente e para trás.

A baliza é feita normalmente no sentido do tráfego. Quando parar, tenha certeza de que não há nenhum veículo atrás de você. Se houver, certifique-se de ligar a seta, assim o outro motorista vai entender que você pretende estacionar.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Condução: Pilotar com um passageiro









Andar com um passageiro, vulgarmente chamado de “garupa”, em sua motocicleta pode ser muito divertido, mas é algo que também deve envolver um enorme cuidado.
No minuto em que você oferece uma carona a uma pessoa, você aceitou o desafio de controlar sua moto em uma desvantagem operacional, bem como a responsabilidade de preservar outra vida humana.
Dependendo do peso do passageiro, a moto se comportará de maneira estranha, ficará pesada e seus movimentos mais lentos. Com o aumento de massa para lidar e o centro de gravidade movido para trás e mais para cima do que o normal, a frenagem também é afetada.
Além dessas considerações, o piloto deve estar confiante. Você confia em suas habilidades? Está preparado para a tarefa de pilotar a moto com um garupa? E uma palavra para os garupas em potencial: se alguém lhe oferece uma carona, pergunte a si mesmo se confia nessapessoa. Você o conhece bem? Sabe se tem habilitação? Você acredita que ele é um bom piloto e que será seguro?

Estando ciente de tudo isso, seguem algumas dicas que vão te ajudar na condução de uma moto com um garupa:

Comunicação

Se o passageiro é um novato, você precisa de instruí-lo o que é quente(escapamento), onde colocar seus pés, como subir e descer da moto, onde se segurar, e como se sentar.
Ele deve estar preparado para permanecer passivamente no lugar, segurando-se, não colocar os pés no chão nas paradas, e mais importante, não tentar "ajudar", inclinando-se a favor ou contra você nas curvas. Ele deve apenas andar na linha e relaxar, permitindo-lhe controlar a moto. Alguns instrutores gostam de comparar o garupa ideal com um "saco de batatas coladas ao banco", cuja função é a de fazer com que sua presença não seja sentida mais do que o necessário.
Antes mesmo de começar, você também pode combinar alguns meios de comunicação. Por exemplo, um toque no ombro ou um certo número de toques podem significar, "Por favor, devagar", ou "eu preciso te perguntar uma coisa", etc. Ou apontar para o lado da estrada pode significar, "Por favor encoste", ou "Eu preciso fazer uma pausa."
Você deve encorajar seu garupa a ser aberto com você, deixar você saber como está se sentindo e você deve fazer o que for necessário para acalma-lo.
A melhor maneira de “quebrar o gelo” com um garupa novato é atender a seu nível de experiência e a sensibilidade ao medo, levá-lo para um passeio confortável, em ambientes menos ameaçadores, com uma paisagem agradável. Perguntar como ele está se saindo nos intervalos da viagem também ajuda a construir confiança.
E, por fim, ambos devem aprender a não bater capacetes quando acelerar ou frear, supondo que você está usando, que é claro que você está.

Equipamento

Se uma pessoa está disposta a confiar em você com sua vida e segurança, é o seu trabalho provar que merece essa confiança e colocá-la em situação tão ou mais segura do que a sua própria.
Sua vida é por sua conta e risco, mas ninguém tem o direito de pôr em perigo de forma imprudente a vida de outra pessoa. Se o garupa não tem noção dos riscos envolvidos, é seu dever instruí-la e prepara-la. É a sua moto, e você deve definir os padrões para você e seus passageiros. Mesmo que o garupa não julgue necessário, você deve insistir para que ele se equipe corretamente.
Capacetes, calças e jaquetas são essenciais. Se a pessoa não tem, ofereça. Se você também não tem, cancele a viagem.
Certifique-se de que todo o equipamento do garupa está justo, principalmente o capacete, pois este pode rachar ou voar em uma batida mais séria.

A moto

Desnecessário falar que sua moto deve estar em bom estado - Pneus com um desgaste aceitável e corretamente calibrados para a carga mais pesada. Aumentar a pré-carga da suspensão traseira também é necessário para levar o peso extra. Se possível, também aumentar a pré-carga dianteira para ajudar na frenagem, dependendo do peso do garupa. Se não souber como fazer isso, verifique o manual do proprietário ou peça a um mecânico de confiança.
Comece o passeio devagar e tranqüilo para re-aprender a fazer curvas e frear como se deve. Com o peso adicional sobre a roda traseira, você pode achar que tem melhor tração para permitir que você use o freio traseiro mais do que quando está andando sozinho, mas na verdade, sua moto está mais pesada e perde muita capacidade de frenagem.

Conclusão

Assim como leva tempo para aprender a andar de moto sozinho, também leva tempo para aprender a andar com um garupa. Mesmo pilotos altamente qualificados precisam de tempo para aprender a pilotar de forma segura para si e seus passageiros.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Técnica de pilotagem: O "Punta-Taco"










Sim, nós concordamos que nem todos podem ou devem dirigir um carro como um piloto profissional. Esse guia de “punta-taco” não é destinado somente a pilotos, mas também ao motorista comum que quer melhorar sua condução em estradas normais. Então por que não ensinam isso na auto escola, você pergunta. Também gostaríamos de saber, já que a técnica existe há décadas e é praticamente infalível, uma vez que não tem absolutamente nenhuma desvantagem (se bem feito, é claro).

Antes de tentar qualquer tipo de alteração na sua condução do dia-a-dia, você deve primeiro encontrar uma pista de corrida ou qualquer outro tipo de ambiente controlado (menos uma estrada pública). O punta-taco é basicamente uma técnica de pilotagem que combina frenagem com redução de marchas. Isto é feito geralmente antes de se aproximar de uma curva, a fim de ganhar tempo com a redução de marchas, mantendo a dinâmica do carro a um nível muito mais seguro

O objetivo da técnica é combinar as rotações do motor com a velocidade das rodas. Devemos também mencionar (realmente importante) que isso só funciona com os carros que têm três pedais (transmissão manual). Vamos considerar a forma como um motorista normal reduziria a marcha enquanto se aproximava de um cruzamento. Vamos chamar esse motorista de “James”.

James está se aproximando para contornar uma esquina em 5ª marcha à 80 km/h. Uma vez que a esquina não é larga o suficiente para permitir que nosso herói a contorne em segurança nessa velocidade, James começa a frear até que a velocidade diminua para 50 km/h. As rotações começam a cair, então ele tem que acionar a embreagem para evitar que o motor morra. Assim que ele pensa em acelerar denovo, James percebe que ainda está em 5ª marcha, o que é totalmente inadequado para a baixa velocidade do veículo.

Logo, ele reduzirá de quinta para terceira marcha, soltando a embreagem e deixando o carro seguir em frente. O problema com a atitude de James é que, fazendo o que acabou de fazer, o carro dará um pequeno tranco e a embreagem e a transmissão sofrerão um esforço desnecessário. O motivo disso é que, por causa da redução de 5ª para 3ª, o motor tem que ajustar rapidamente as rotações para estarem de acordo com a velocidade das rodas. Em outras palavras, o motor vai pular quase que instantaneamente (enquanto a embreagem é desacionada) para as rotações necessárias para a 3ª marcha (freio-motor).

A solução para o problema de James é o “punta-taco”. Combinando a frenagem com a redução de marcha na aproximação da curva ao invés de faze-los em ações separadas, você será mais rápido e, principalmente, protejerá a transmissão.

Vamos explicar por partes:

1 - Conforme você se aproxima do ponto de frenagem, cubra o pedal do freio com a ponta do seu pé direito. O freio é a prioridade entre os dois pedais que você irá acionar com o mesmo pé, então tome cuidado para não escorregar.

2 - Pressione o freio até um ponto que seja possível reduzir sem aumentar muito as rotações.

3 - Em seguida, gire o pé direito e prepare-se para pressionar o acelerador com o calcanhar.

4 - Logo em seguida pressione a embreagem com seu pé esquerdo e aumente as rotações do motor pressionando rapidamente o acelerador com o calcanhar do seu pé direito

5 – Reduza a marcha e solte, ao mesmo tempo, embreagem e freio.

6 – Faça a curva e continue acelerando.













Sabemos que parece complicado, considerando que a técnica envolve seus dois pés, sua mão direita, todos os três pedais e a alavanca de cambio (enquanto sua mão esquerda continua no volante), mas lembre-se: A prática leva à perfeição.

Para ajudar, aqui está um vídeo demonstrando o punta-taco



Lembrando que alguns carros possuem o pedal do acelerador muito abaixo do pedal de freio, o que torna inviável o punta-taco. Portanto, nem tente.

Em "tocadas" menos esportivas, pode-se adaptar a técnica. Simplesmente faça a curva como você sempre faz e, na saída, pressione a embreagem, de um pequeno toque no acelerador(com a ponta do pé mesmo), reduza a marcha e solte a embreagem. Você perceberá que o engate será suave e o carro não dará o famoso tranco ao soltar a embreagem.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Ferruccio Lamborghini, o "Mago dos Motores"












Ferruccio Lamborghini nasceu na Itália em 1916 e sempre fora fascinado por motores. Foi convocado para a II Guerra Mundial, onde ficou conhecido como o “Mago dos Motores” devido à sua capacidade de improviso para consertar os veículos do exército.
Quando retornou para sua casa, próximo a Modena, no norte da Itália, montou uma pequena oficina de carros e motos, mas logo percebeu que havia uma procura desesperada por tratores na área agrícola que morava. Então descobriu que poderia construir cerca de um trator por mês usando as peças dos veículos militares abandonados. Como a economia italiana estava crescendo, a demanda por seus tratores de alta qualidade cresceu junto, o que o obrigou a começar a produzir seus próprios motores.

Seu negócio com tratores se tornou um sucesso, atingindo a marca de 400 unidades por mês em 1960. Ferruccio logo começou a expandir seus negócios e passou a fabricar aquecedores e ar-condicionados, mas sempre mantendo a fabricação de tratores.

Nessa época, Lamborghini começou a se interessar pela produção de carros de alta performance. Ele sempre teve Oscas, Maseratis e Ferraris, mas esses carros nunca atingiram suas expectativas, particularmente os motores.
Diz a lenda que, decepcionado com os problemas de embreagem que vinha tendo com sua Ferrari 250 GT, foi visitar Enzo Ferrari. Enzo não tinha tempo para um fabricante de tratores e simplesmente o dispensou. Ferruccio então decidiu que não havia nada que a Ferrari fizesse que ele não pudesse fazer melhor e começou a planejar a produção de seu próprio carro com motor V12. Contratou então o talentoso engenheiro Giampaolo Dallara, que havia trabalhado anteriormente nos motores Ferrari.

Seu primeiro motor, fabricado todo em aluminio, desenvolveu incriveis 350hp e deu vida ao Lamborghini "350 GTV", protótipo que foi apresentado ao público no Turin Auto Show de 1963. As vendas começaram no ano seguinte com o nome de Lamborghini 350 GT. Foi um sucesso total! Mais de 130 unidades vendidas.


Lamborghini 350 GT









O futuro da Lamborghini parecia muito promissor durante os anos 60. O 350 GT deu lugar ao 400 GT e ao 400 GT 2+2. Com o sucesso de vendas dos carros e dos tratores, o nome Lamborghini ficou conhecido no mundo todo, mas o melhor ainda estava por vir. Ferruccio mandou seus engenheiros projetarem e construírem um carro completamente novo – o Miura, um carro à frente de seu tempo, capaz de deixar Ferrari e Maserati em pânico.

Lamborghini Miura










Como na vida nem tudo são flores, em 1974 a companhia de Lamborghini sofreu um tremendo revés: Um pedido enorme de tratores vindo da América do Sul foi cancelado. Lamborghini já havia investido na fábrica para atender a demanda, fazendo a companhia perder milhões de dólares e obrigando Ferruccio a vender parte da fábrica para a Fiat. Pelo resto dos anos 70 sobreviveram da venda do Miura, que ainda dava lucro, mas mesmo assim, Lamborghini resolveu vender o que restava de suas ações para um investidor suiço.

Ferruccio Lamborghini morreu em 1993, deixando uma enorme contribuição para o mundo automobilístico: Uma marca vencedora e inovadora, fabricante dos sonhos de consumo de todos apaixonados por carros.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Técnica de curva: O contra-esterço












Pergunte a um motociclista como se faz uma curva de moto. 99% deles vão responder “basta jogar o peso do seu corpo para inclinar a moto”. Não está errado, mas o que eles não sabem é que existe uma maneira mais eficiente e segura de contornar uma curva de moto: o contra-esterço.

Contra-esterço significa virar o guidon da moto para o lado oposto da curva. Loucura? A princípio pode parecer mesmo, mas a física explica:

Como aprendemos na escola, toda ação gera uma reação. Imagine-se dirigindo o seu carro numa estrada. Se você vira para a esquerda, seu corpo inclina para a direita, certo?
Então temos a ação: virar para a esquerda – e a reação: seu corpo inclina para a direita.

Com as motos não é diferente, com a única exceção de que todo o conjunto (moto-piloto) inclinará para o lado oposto.

Portanto, na prática, se você está pilotando sua moto e pretende fazer uma curva para a esquerda, vire levemente (mas levemente MESMO!) o guidon para direita e vice-versa. Isso fará a moto inclinar para o lado da curva e você a contornará suavemente.
Se precisar fechar mais a curva, exerça um pouco mais de pressão para o lado oposto. Se precisar abrir, basta aliviar a pressão. Ao sair da curva, alivie totalmente a pressão e a moto voltará sozinha para a posição original.

Note que quanto maior a velocidade, maior será o efeito do contra-esterço, sendo que em baixas velocidades (até 20km/h aproximadamente) é praticamente imperceptível.

Agora vá treinar com sua moto em lugar aberto e seguro e lembre-se dessa regra:
Vire para a direita, vá para a esquerda. Vire para a esquerda, vá para a direita.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A condução na chuva














Começo de viagem... Você acabou de entrar na rodovia e começa a cair o maior pé d´água. Calma! Não há motivos para pânico. Se você seguir as dicas abaixo, pode continuar sua viagem tranquilamente.

1 - Jamais freie bruscamente

Mesmo que a situação exija uma freada forte, como por exemplo numa parada repentina do trânsito, jamais freie bruscamente no piso molhado. A capacidade de um frenagem de um carro fica extremamente limitada por causa da água, o que irá fazê-lo derrapar se pisar demais no pedal do freio, podendo ocasionar perda de controle. Reduza a pressão no pedal pela metade e EM HIPÓTESE ALGUMA acione a embreagem por um periodo prolongado. O freio motor será o seu maior amigo nessa situação, portanto, aproveite ao máximo a redução de marchas.

2 - Na curva, acelere!

Pode parecer um absurdo automobilistico acelerar na curva, mas é o certo! Não estamos falando pra você pisar fundo no acelerador ao entrar na curva, como se estivesse no Mundial de Rally. Basta aplicar o mínimo possível de acelerador, assim, a força centrípeta produzida pelas rodas do carro irá "grudá-lo" no asfalto, evitando uma aquaplanagem e aumentando a estabilidade.
Também evite frear forte antes da curva. Se possível, apenas reduza uma marcha.

3 - Antecipe seus movimentos

Nunca se esqueça de que o asfalto molhado não admite manobras bruscas. Portanto, freie antes e vire suavemente.

4 - Não desvie de poças

A não ser que você perceba a poça com muito tempo de antecedência, evite desviar dela. Uma puxada brusca no volante pode fazer o carro derrapar ou atingir quem vem ao lado.
Nessa situação, apenas reduza a velocidade e segure firme no volante. JAMAIS FREIE NUMA POÇA e não se esqueça de aplicar levemente o acelerador.

5 - Evite as faixas

As faixas recém pintadas nas bordas da pista, quando em contato com a água, formam uma superfície extremamente lisa. Evite passar por cima delas.

Siga essas dicas e boa viagem!